quarta-feira, 6 de agosto de 2008

SERVIÇO INCOMPLETO

Frequentemente faço a viagem Porto - Condeixa-a-Nova (ou vice-versa) pela A1. Demoro cerca de 1 hora e vinte minutos, 1 hora e meia, desde que entro nos Carvalhos e saio em Condeixa. Nessa hora e vinte minutos, hora e meia, cerca de 40 minutos (ou seja, quase metade da viagem) circulo no meio de obras, com limite de velocidade de 80 km/h, com as vias mais estreitas, mau pavimento (resultado da passagem frequente de camiões), pó no ar das obras ou lama (esteja sol ou chuva)!

Sou a favor do chamado "utilizador - pagador", ou seja que as portagens nas Auto-Estradas sejam pagas. É claro que sou a favor quando existe uma alternativa válida, que neste caso nem existe pois a Estrada Nacional 1 é um caos (ISSO SÃO OUTRAS GUERRAS)!!! Mas para a A1 até abro uma excepção... ou abria. Não me conformo que pague um serviço quando não posso usufruir desse serviço na sua totalidade.

Qual o conceito de Auto-Estrada? Segurança e rapidez? Comodidade? Sustentabilidade? Conforto? Quando entramos numa Auto-Estrada a pagar, estamos a pagar esses factores: segurança, rapidez, conforto... Ora, se se verifica um melhoramento do referido serviço (OBRAS), se devido a essas OBRAS ficamos limitados nesse serviço, PORQUE É QUE CONTINUAM A COBRAR O MESMO? Porque é que o preço é o mesmo se eu não estou a usufruir do serviço na sua plenitude?

O que me surpreende é a Associação do Consumidor não tornar pública uma acção de protesto contra esta acção. Quem está a ser lesado? O consumidor! Sem querer empolar o caso, até penso que o Governo devia intervir neste assunto... mas o Governo parece estar mais preocupado em transformar todas as SCUTS (A29, A28, etc...) em Auto-Estradas a cobrar, "obrigando-nos" ou a percorrer as Estradas Nacionais (caóticas), ou a pagar (principescamente) um serviço, o que nos deixa num beco sem saída!

NOTA: Quero esclarecer que não faço parte de nenhum movimento contra as SCUTS ou Auto-Estradas. Muito mais haveria para falar: como a falta de alternativa às Auto-Estradas/SCUTS, o estado caótico do trânsito na Estrada Nacional 1. São temas que abordarei numa próxima oportunidade.

2 comentários:

Anónimo disse...

Concordo plenamente com o teu ponto de vista, se o serviço que é fornecido ao consumidor sofreu um descrescimo de qualidade, então o seu preço deve sofrer a mesma alteração.
O pior é que depois de finalizadas as obras, quase de certeza, e isto se algo de anormal acontecer, o preço das portagens vai subir, pois foram efectuadas obras de melhoramento.....

Neo disse...

No fim das obras é provável que o preço das portagens suba...