sábado, 18 de abril de 2009

SERÁ POSSÍVEL IGNORAR?


Será possível ignorar que um Inspector da Polícia Judiciária (PJ) com 27 anos de carreira e experiência, que chegou a ser Coordenador do Departamento de Investigação Criminal de Portimão - penso que reflexo de boas prestações enquanto Inspector - centre todo o caso de Maddie na teoria que a menina faleceu no apartamento?

Não li o livro, mas vi a reportagem da TVI na Segunda Feira passada onde Gonçalo Amaral transmite o que escreveu. O ex-coordenador inicia a reportagem a afirmar que a Polícia Portuguesa foi pressionada para tratar este caso de forma diferente, no sentido de não investigar a fundo o que se passou. Na reportagem verificamos: testemunhos contraditórios dos amigos do casal McCann que estavam com eles na noite fatídica + testemunho incongruente de uma amiga dos McCann que disse ter visto uma criança a ser levada ao colo por um homem à mesma hora da noite em que possivelmente se dava o "rapto" (o que levou, a partir daí, todo o caso Maddie para a teoria de rapto) + Cães treinados pela Polícia Inglesa (com experiência em casos como este) a farejar o apartamento e a darem sinal de sangue junto à cama onde Maddie dormia + Cães a farejarem vários carros e alertarem para a indicação de sangue na carrinha que o casal McCann alugou já depois de Maddie ter desaparecido + Exames efectuados ao cabelo recolhido na bagageira do carro alugado pelos McCann no Algarve, semanas depois do desaparecimento de Maddie, determinaram que 16 em 18 marcadores coincidem com a informação genética de Madeleine (nos Estados Unidos, país fora do mundo civilizado, 11 marcadores chegam para condenar seja quem for) + a primeira reacção de Gerry McCann quando o casal é confrontado pela primeira vez, e apanhado de surpresa, por um jornalista acerca de o casal ter morto a própria filha, de Maddie ter falecido no apartamento (Gerry, que eu sempre tive como um homem calmo, ponderado, reagiu muito mal!!!) + reconstituição e desmentir da tese de arrombamento do apartamento e fuga por uma janela do apartamento por parte do possível raptor (nessa referida janela, dada como o único sítio possível para o raptor ter escapado só há impressões digitais de Kate McCann e não há sinais de a janela ter sido forçada) + à primeira oportunidade, quando as coisas começaram a azedar para os lados dos McCann, voarem (fugirem) para Inglaterra (soube-se que antes de terem afirmado que iriam continuar em Portugal já tinham comprado os bilhetes de avião para voltarem a Inglaterra) + etc...

Será possível ignorar tudo isto? Não significa que concorde com isto, mas é possível ignorar a opinião de um perito, de um coordenador (ou ex-coordenador) que teve por dentro do caso? Fica a pergunta...

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